Missionário da Consolata na Colômbia e no Equador...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A cadeira...


Havia um homem muito enfermo e um sacerdote foi chamado para orar por ele. Quando o sacerdote entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama com a cabeça apoiada num par de almofadas. Havia uma cadeira ao lado da cama, fato que levou o sacerdote a pensar que o homem estava aguardando a sua chegada.


 
- Suponho que estava me esperando? – disse o sacerdote.
- Não, quem é você? - respondeu o homem enfermo.
- Sou o sacerdote que a sua filha chamou para orar por você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você soubesse que eu viria visitá-lo.
- Ah sim, a cadeira! Entre e feche a porta que vou lhe explicar o motivo.

Então o homem enfermo lhe disse:
- Nunca contei para ninguém, mas passei quase toda a minha vida sem ter aprendido orar. Não sabia direito como se deve orar. E também nunca dei muita importância para a oração. Pensava que Deus estava muito distante de mim e por que se preocuparia comigo?
Assim sendo, há muito tempo abandonei por completo a idéia de falar com Deus.
Até que um amigo me disse:
- “José, orar é muito simples. Orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer! Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente, e em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você”.
Afinal Jesus mesmo disse:
- “Eu estarei sempre com vocês”.
- Portanto, você pode falar com Ele e escutá-Lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora.
E assim eu procedi e me adaptei a esta idéia. Desde então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre muito cuidado para que a minha filha não me veja, pois me internaria num manicômio imediatamente.

O sacerdote sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo, e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca de fazê-lo. Em seguida orou com ele e foi embora.

Dois dias mais tarde, a filha de José comunicou ao sacerdote que seu pai havia falecido. O sacerdote então perguntou:
- Ele faleceu em paz?

Acredito que sim, pois quando eu estava me preparando para ir às compras, ele me chamou ao seu quarto e disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando eu voltei, uma hora mais tarde, já o encontrei morto. Porém há algo de estranho em relação à sua morte, pois, aparentemente, antes de morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça nela. Foi assim que eu o encontrei. Porque será isto? – perguntou a filha.

O sacerdote, profundamente emocionado, enxugou as lágrimas e respondeu:
- Ele partiu nos braços do seu melhor amigo... Jesus!

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